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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Perfume inebriante...

...E então dizia um cronista da época acerca dos romanos a quando das lutas com os povos do norte...

"...Os romanos, não gostavam dos Normandos porque eram feios e não cheiravam nada bem!... Não é que o cheiro a gordura de Yak podre fosse mau... mas já estavam habituados ao perfume do azeite mediterrâneo rançoso!..."

© Mário Rodrigues - 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Só posso cheirar muito mal!...

Ontem, enquanto carregava uma considerável quantidade de caixas nas mãos, ia a entrar para um dos edifícios em pleno "Marquês do Pombal", no centro da cidade de Lisboa, quando o sapatinho do menino escorrega na pedra polida do degrau da entrada, e eis que, o menino dá três piruetas e dois mortais, estatelando-se no meio da bela calçada lusitana, rodeado de trinta e seis pequenas caixas de cartão.
Se é certo que efectivamente de modo algum me magoei, também é certo que o máximo que obtive dos vinte ou trinta compatriotas que assistiram ao número de circo, foi umas risadas e uns chutes numas caixas que ficaram a estorvar o esvoaçante andar de uma bela menina. Ninguém, mas rigorosamente ninguém, esboçou o menor gesto de ajuda a levantar-me ou a apanhar as ditas caixas!...
Isto só pode querer dizer uma coisa... Só posso cheirar muito mal!...

© Mário Rodrigues - 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Os que da escrita se enamorarem...


Tal não poderia continuar! Tigre e Eufrates eram testemunhas de que algo teria de mudar... A primordial idade Suméria exigia que por terras da Mesopotâmia uma nova aurora aparecesse...

Enlil, senhor dos ares, ainda sem esposa, um dia vislumbra a beleza sedutora de um corpo de mulher. A deusa Sud.
Os seus longos cabelos e formas belas logo despertaram em Enlil o desejo de a desposar. Ao pedido de que o seguisse, Sud responde prontamente que não.
Enlil compreende então que Sud não prescindiria de um pedido público e formal de casamento, em que todos os Suméris fossem testemunha.
Nusko, obediente e dedicado pajem de Enlil, sai em busca da mãe da jovem deusa com o objectivo de lhe transmitir o desejo de seu amo.

- Pois sabei, senhora, que meu amo o grande deus Enlil, pretende desposar sua filha a deusa Sud. Se assim acontecer, ela viverá com ele no palácio, sendo que a ela pertencerá o poder sobre o destino dos homens e distribuirá os poderes pelos deuses. Terá o nome de Ninlil e o amor por ela será entregue.

Tendo a mãe de Sud consentido o casamento, Enlil, felicíssimo, envia centenas de presentes à sua noiva Sud.
Elefantes, ursos, e cervos, vacas, ovelhas e macacos, gazelas, carneiros e auroques, atravessam a cidade num desfile interminável até às mão de Sud, que terna via chegar frutas, mel e queijos bem como ouro, prata e pedras preciosas...
Consumado o casamento e a noite de núpcias passada, Enlil, encantado resolve mais e novos poder à sua esposa dar...

- No dia de hoje começará nova era. Tu, Ninlil, minha esposa passarás a ser a deusa do amor e dos nascimentos, observarás o trabalho de parteiras, cuidarás que nos campos os grãos germinem e de igual modo iluminarás os que da escrita se enamorarem...


© Mário Rodrigues - 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A propósito da ablação...



A propósito da ablação e das variadas mutilações genitais infligidas nas mulheres e crianças do sexo feminino por esse mundo... Pergunto-me; quando ouvirei que os homens por detrás dessas tradições são alvo de "carinhos" equivalentes e de iguais propósitos...

Submeter uma criança com menos de um ano a "ablação faraónica", com o pretexto de que se o não fizer ela não pára de chorar com comichão... É... uma estupidez de uma dimensão, ela sim, faraónica!

Há vidas mais "caras"! São é muito estúpidas...


© Mário Rodrigues - 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tu foste...


Tu foste a merda da esterqueira da minha vida
Tu foste a pessoa que eu gostava nunca ter conhecido
Tu foste o ser asqueroso que me enoja
Tu foste um bajulador repugnante
Tu foste o azar da minha sorte
Tu foste quem jamais quero voltar a ver
Tu foste o tempo que perdi
Tu foste o ser que julga que o universo conspira contra si
Tu foste uma coisa que me fez muito mal...ou não...
Tu foste o chato alojado na pele do testículo do cão que era amigo do cão que conhecia o meu gato
Tu foste o estilhaço de esperma que apodrece no cortinado do quarto depois de saltarem as últimas gotículas provenientes do vigoroso sacudir do pénis
Tu foste uma coisa sem denominação que eu não consigo esquecer só porque me deste muitos problemas...mas com os quais aprendi a ser um homem melhor...

Por isso, meu monte de merda, asqueroso, repugnante e nojento, obrigado...


© Mário Rodrigues - 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Eram outros tempos... III


Escrevia Joaquim Teófilo Fernandes Braga, algures no ano 1865 na sua obra "As Teocracias Literárias - Relance sobre o Estado Actual da Literatura Portuguesa".

"Estamos numa terra em que a verdade para ser ouvida precisa trazer a forma de escândalo. A não vir deste modo é uma coisa ininteligível, obscura.
Tanto melhor para quem aspira a ser entendido somente por aqueles que se pagam de sua obscuridade pela firmeza da consciência, e integridade de carácter."

Ainda bem que isto foi em 1865...

© Mário Rodrigues - 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

Eram outros tempos... II


A eficácia foi-lhe morte.
Fruto do ventre de uma mortal, que a sua vida abandonou numa cesariana derradeira, teve como pai Apolo, filho de Zeus o senhor do Olimpo.
Senhor de mil sabedorias, medicinas e ciências, a Deus foi chamado.
A agilidade e dedicação levaram a que, contrariando os poderes de Hades, das suas garras lhe arrancasse os mortos com uma só mão.
Apolo, apesar de senhor da luz e da verdade, de seu filho, não manteve a divindade. Punido pela devolução da vida a quem dela tinha sido privado, Zeus sem piedade mata Esculápio com um raio!

© Mário Rodrigues - 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

Eram outros tempos...

Talvez pudesse ser muito diferente...Talvez pudesse! Acredito que talvez melhor!
Não foi só a morte na fogueira de Jan Huss, não foi só o Concilio de Constança, não foi só a conquista de Constantinopla por parte dos Otomanos nem mesmo o fim do império Bizantino.
Foi também a Peste Negra, foi também a fortuna profana do papado, mas acima de tudo uma filosofia de castigo divino aplicado pela mão da inquisição que fez a grande diferença nas mentes e no desenvolvimento de uma humanidade...Foi sem dúvida uma idade negra, uma época de retrocesso eventualmente definitivo, em que a manipulação de massas vivia alguns dos seus melhores dias...

© Mário Rodrigues - 2010

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