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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Será que temos... Insucesso escolar, insucesso na aprendizagem, insucesso no ensino ou nenhum deles?



Se nos processos de aprendizagem, formação da personalidade e estruturamento de prioridades no desenvolvimento do individuo e do seu carácter, o conhecimento empírico e holístico tem um peso derradeiro, no ambiente "escola", tais modos de adquirir saberes, não são tão usados ou correntemente utilizados sendo preferido um método de administração de conhecimentos mais tutorial.
A incomensurabilidade simultânea de simplicidade e complexidade do cérebro, fá-lo ser, provavelmente, o único órgão capaz de desenvolver um estudo aprofundado de si próprio, sendo que a simplicidade lógica e quase "binaria" dos processos de estímulo/resposta neurológicos contrasta com a variedade de respostas possíveis após o decorrer desse mesmo processo. O conhecimento do funcionamento do cérebro é fundamental para a melhor adaptação dos métodos de ensino, para que desse modo se agilize a aprendizagem.
Proporcionarmo-nos experiências frequentes de consciencialização da estrutura física e funcional do cérebro deverá ser um dos primeiros passos num longo caminho de o bem utilizar, promovendo através destas um melhor entendimento do que nos rodeia e de como poderemos transmitir eficazmente esse conhecimento a outros.
Tratando-se de um órgão essencialmente funcional, a complexidade, diversidade e o trabalho envolvido nos processos, são decisivos para um amplo crescimento e desenvolvimento do mesmo, não obstante o dimorfismo sexual humano, condiciona o desenvolvimento cognitivo.
A adaptabilidade plástica do cérebro, estrutural e funcional ao longo do decorrer da vida com o objetivo de acompanhar as exigências e funções da adaptação a ambientes aliada á ferramenta de excelência, a linguagem em todas as suas vertentes, permitem o acesso necessário à troca de aprendizagens e conhecimentos. Esses, por sua vez, fazendo uso da ferramenta de desencriptação da mensagem que lhe transmitimos dominam a capacidade de "desencriptar" a mensagem, factor determinante para a quantidade de informação entendida, condicionando assim a eficácia da mesma.
É imprescindível a utilização de léxicos comuns a ambos os agentes. Esta ideia poderá levantar questões relacionadas, nomeadamente de quem deve fazer o quê?
Devem os educadores utilizar léxicos menos ricos ou até mesmo pobres para fazerem chegar a mensagem?
Deveremos todos nós, promover, habilitar ou reabilitar o nosso vocabulário e dinâmica de transmissão de sensações?
Num verdadeiro exercício de imaginação, suponho-me fisicamente em uma plateia em discussão, constituída por ilustríssimos conhecedores de, vamos supor, formas de vida existentes em Marte. Sou submetido a seis horas de débito transversal de informações de valor indiscutível, provenientes de estudos aprofundados e dados retirados de experiencias inquestionáveis. O léxico utilizado pelos meus colegas de plateia é substancialmente diferente do meu. Eles estão a utilizar um código de encriptação com diferenças várias perante o meu, provocando assim, a existência de lacunas nos conteúdos da informação e a consequente deformação da mensagem por mim recepcionada. Terminada a discussão, sou submetido a uma prova que tem como objectivo primordial a avaliação dos conhecimentos por mim apreendidos na mesma. Eu executo a prova tendo por base óbvia a informação desencriptada pela minha ferramenta, o meu léxico, à qual junto as lacunas provocadas pela utilização de uma terminologia que não conheço.
Os resultados obtidos serão efectivamente correspondentes ao meu nível de conhecimento da matéria?
O meu conhecimento adquirido da matéria tem alguma proximidade da realidade da informação?
Perante os meus maus resultados é legítimo afirmar que existiu insucesso de aprendizagem?
Face aos resultados podemos admitir algum tipo de exclusão sociopedagógica?
E se eu pretender transmitir o que aprendi a um terceiro com um léxico eventualmente mais pobre que o meu? Que mensagem ele vai reter?

Estas e muitas outras questões que foram abordadas na formação levaram acima de tudo a que ficasse com muitas questões em mente. Mais que respostas, surgiram-me inúmeras dúvidas e perguntas que gostaria de encontrar respostas:
Como estão os programas lectivos estruturados?
Essa estrutura permite a adaptabilidade plástica do cérebro?
As matérias colocadas em programa estão na sequência necessária para a apreensão por parte do cérebro?
A execução dos programas lectivos contempla os intervalos imprescindíveis à apreensão, experimentação e consolidação da aprendizagem promovendo a criação e consolidação de vias neurológicas?
E no caso de ciclos pré-escolares, qual é o papel da família?
Os diversos e enormes problemas causados por processos disfuncionais de vinculação e estereotipagem dos pais e ou educadores?
As famílias são promotoras, cooperantes e coadjuvantes do ensino e da aprendizagem?
As famílias têm o mínimo de conhecimento acerca do funcionamento neurológico e cognitivo dos seus elementos e como se processa a aprendizagem?
Uma questão “intrigante” que me fica sem resposta é o “abuso” na administração em tão precoce idade de Metilfenidato, quase a gosto por incapacidade ou indisponibilidade para melhor educar?
Qual é o papel do clínico de clínica geral e familiar neste processo de sobre diagnóstico de híper actividades?
Poder-se-á equacionar uma pouco ética manipulação precoce da construção da personalidade da criança através da utilização de fármacos (leia-se Metilfenidato por ex.) interferindo directamente na construção e na adaptabilidade plástica do cérebro?

…Quantas questões ficam no ar!...

A única coisa de que fico convicto, é que é necessário e urgente obter respostas comprovadas e experimentadas para muitas questões e dúvidas que estão por responder e muitas outras que com toda a certeza irão surgir.
É urgente a criação de um grupo interdisciplinar e multidisciplinar de trabalho que tenha em vista o desenvolvimento de um trabalho impermeável a pressões políticas, de lóbis, de preconceitos, de ideologias, etc.…
Fiquei com a certeza de que não existe uma “receita” inequívoca a seguir.
Fiquei com a certeza de temos de motivar mais os educadores e os políticos do que os estudantes.
Fiquei com a certeza de que se estão a cometer muitos “crimes” seguindo determinados métodos.
Fiquei com a certeza de que é urgente melhor compreender, melhor fazer uso do compreendido e melhor ensinar dando início a uma corrente consolidadamente direccionada.

© Mário Rodrigues - 2013

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sim, latas de conserva com óleo queimado dos carros


"Adeus! Até amanhã!"
"Adeus Mário..."
"O Dr. Ângelo alterou-te a medicação?"
"Não! Diz que estava tudo a ir bem e não era preciso."
...
...
"Olá! Então como vai isso?"
"Olá Mário, bom dia!"
"Dormiste bem?"
"...Sim!..."
"Que sim estranho!..."
"...Tive um pesadelo..."
"Outra vez?"
"Não!... Quer dizer sim mas este foi diferente...acabou bem!..."

"Ai foi? Queres falar disso?"
"Sim! Estava à tua espera porque queria falar-te de...umas coisas..."
"Estou a escutar!..."

"Havia latinhas..."
"Latinhas?"
"Sim, latas de conserva com óleo queimado dos carros. Punha uma em cada pé do beliche para os bichos não me subiram para a esteira. Já me bastava o cabrão de cima que berrava a noite inteira e acabava sempre a mijar-se todo e a mim que estava por baixo. Um dia fudi-lhe um dedo com um...
Numa noite...acho que era de dia mas estava tudo muito escuro e eu não conseguia ver nada. Havia umas coisas ao alto, muito grandes e finas e tinham braços. Os primeiros passos...demorei alguns segundos a dá-los porque não via o chão. Depois corri, corri e cavalguei e galopei e devorei a terra e o mato numa velocidade alucinante até bater numa parede e cair. Levantei-me palpei a parede que tinha cerca de oitenta ou noventa centímetros. Não hesitei pus-lhe a mão de cernelha e saltei-lhe por cima. Tinha muita pressa...

AHAHAHAHAHAHA !!!

Do lado de lá deveria ter uns três metros de altura e eu senti-me cair para o inferno...

Estava tudo negro! Negro muito escuro! Dentro de uma...jaula havia uma merda de uns bichos que se movimentavam muito rápido e gritaram muito... Pareciam umas coisas negras...panteras! Isso, panteras que andavam com as patas da frente no ar. Com a faca rebentei logo com uma e com um arame amarrei-a a um tronco. A outra...atei-lhe a patas da frente no alto. Ela, com as patas rasgou-me a roupa enquanto sangrava não sei porquê! Com o saibro rasguei-lhe a pele, senti-lhe o cheiro e o sabor do sangue... A outra rosnava um rosnar odioso. Implorava cânticos selvagens... A esta senti-lhe vida no ventre...
...existia outro monstro dentro dela... Caí... Vazio... Sem medo nem pavor!
Com a faca abri-lhe as entranhas, arranquei uma cria que deixei no chão a berrar para os outros comerem..."

"Porra!... Meu Deus!...
Queres contar mais?"
...
"Não!... O resto não interessa. Escuta-me outra coisa tens visto a Dra. Zilda?"
"Sim! Ainda há pouco a vi!"
"Gostava de a ver..."
"D. Maria! Pode chamar a Dra. Zilda por favor que o Sr. Machado queria falar com ela, por favor?"
"Sim Mário vou já!"
...
"Mário, ela é uma grande médica! Não é?"
" Sim! Penso que sim! E também tem um lindo rosto canela!... É uma mulher muito bela!"
...
"Olá Mário!"
"Olá Dra. Zilda! Como está?"
"Está tudo bem...vamos andando nos nossos trabalhos!..."
"Então Sr. Machado quer falar comigo?"
"Olá Dra. ...Zilda..."
...
"Sabe Dra. Zilda, contaram-me umas coisas sobre a sua terra e...outras coisas...sobre...
Sinto uma labareda caustica que me corrói e abre buracos por onde não sai nada...só jorra medo e dor...
Perdão! Não vale a pena! Mesmo que o obtivesse de si, de Deus e até do inferno... Nunca o obteria de mim... A sua mãe...era...linda!...nunca pagarei o que fiz..."

Atónitos assistimos a um movimento brusco e calculado há muito, decepou com um pedaço de vidro a carótida interna...

© Mário Rodrigues - 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Today i will be a bomb...


Today i will be a bomb that when burst, i shit myself at the seams...

© Mário Rodrigues - 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A propósito da ablação...



A propósito da ablação e das variadas mutilações genitais infligidas nas mulheres e crianças do sexo feminino por esse mundo... Pergunto-me; quando ouvirei que os homens por detrás dessas tradições são alvo de "carinhos" equivalentes e de iguais propósitos...

Submeter uma criança com menos de um ano a "ablação faraónica", com o pretexto de que se o não fizer ela não pára de chorar com comichão... É... uma estupidez de uma dimensão, ela sim, faraónica!

Há vidas mais "caras"! São é muito estúpidas...


© Mário Rodrigues - 2010

quinta-feira, 22 de abril de 2010

"Eu não sou doutor!..."


Existem "experiências" que tal como as "realidades", nos "arrojam" a alma por veredas cortantes que nos lavram a existência.

Cheirava mal! Tinha um odor que disparou as minhas ligações neurais como no primeiro dia que tive contacto com a drenagem urgente de um quisto dermóide...
Mas não! Não tinha qualquer coisa do género. Duas fracturas e laceração de tecidos...

"Onze ou doze..." pensei eu, enquanto imaginava a abordagem de preparação do campo para a cirurgia...

"Mas porque razão cheiras tão mal?!..."

Não consigo, apesar de algum esforço, imaginar o meu filho, que terá eventualmente a mesma idade, naquela situação...
Sinto-me responsável por aquela situação que desconheço completamente... Não sei de que modo, mas sinto-me...
Bem! Já conheço demais...

"O que se passou?..."
"Foi um doutor, no parque, que depois de "coiso" me deu um pontapé..."
"Um pontapé?..."
"...atirou-me a merda do carro para cima..., ...e fodeu-me o guito..."
"...dass! Como é que te metes nessas merdas?..."
"Oh! Doutor!..."
"Eu não sou doutor! ouviste?..."
"Yap, desculpe doutor!..."
"Eu não sou doutor..."
" Yap, enganei-me."
"Sim e então?..."
"Deu-me uma trancada com o carro e não me deu o guito porque diz que eu estava cheio de medo e não abria o cú..., diz que depois falava com o "Lâmpadas"!..."
"Lâmpadas?..., dass, ca puta de nome?!..."
"Depois da cirurgia temos de ir ter com o agente para ver ali umas fotografias de uns...senhores..."
"Oh! Doutor!... Népia. Eu não quero problemas..., só quero o guito para dar ao "Boss" para ele me orientar o coiso...!..."

Saltam-me gotas de suor da cabeça, quando me assalta a imagem de ver o meu filho ali naquela cena... Imagino-me a...

"Escuta puto! Vais ver as fotografias e vais te recordar de uns senhores doutores que vais ver...certo?"
"Népia doutor!..."
"Eu não sou doutor..."


© Mário Rodrigues - 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sinto-me inútil

Hoje não me sinto lá muito bem. Já é noite e estou com a sensação de que não fui útil a ninguém... Sinceramente estou incomodado e algo ansioso!

© Mário Rodrigues - 2010

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