quarta-feira, 7 de julho de 2010
Os que da escrita se enamorarem...
Tal não poderia continuar! Tigre e Eufrates eram testemunhas de que algo teria de mudar... A primordial idade Suméria exigia que por terras da Mesopotâmia uma nova aurora aparecesse...
Enlil, senhor dos ares, ainda sem esposa, um dia vislumbra a beleza sedutora de um corpo de mulher. A deusa Sud.
Os seus longos cabelos e formas belas logo despertaram em Enlil o desejo de a desposar. Ao pedido de que o seguisse, Sud responde prontamente que não.
Enlil compreende então que Sud não prescindiria de um pedido público e formal de casamento, em que todos os Suméris fossem testemunha.
Nusko, obediente e dedicado pajem de Enlil, sai em busca da mãe da jovem deusa com o objectivo de lhe transmitir o desejo de seu amo.
- Pois sabei, senhora, que meu amo o grande deus Enlil, pretende desposar sua filha a deusa Sud. Se assim acontecer, ela viverá com ele no palácio, sendo que a ela pertencerá o poder sobre o destino dos homens e distribuirá os poderes pelos deuses. Terá o nome de Ninlil e o amor por ela será entregue.
Tendo a mãe de Sud consentido o casamento, Enlil, felicíssimo, envia centenas de presentes à sua noiva Sud.
Elefantes, ursos, e cervos, vacas, ovelhas e macacos, gazelas, carneiros e auroques, atravessam a cidade num desfile interminável até às mão de Sud, que terna via chegar frutas, mel e queijos bem como ouro, prata e pedras preciosas...
Consumado o casamento e a noite de núpcias passada, Enlil, encantado resolve mais e novos poder à sua esposa dar...
- No dia de hoje começará nova era. Tu, Ninlil, minha esposa passarás a ser a deusa do amor e dos nascimentos, observarás o trabalho de parteiras, cuidarás que nos campos os grãos germinem e de igual modo iluminarás os que da escrita se enamorarem...
© Mário Rodrigues - 2010
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Eram outros tempos...,
Mitologias
6 comentários:
…Escrevo, principalmente, por falta de espaço dentro de mim para tantas emoções e tão grandes, para mim. Nos comentários, fico com a sensação de que os pingos de emoção que transbordo, caiem em "terras fecundas" e coadjuvam o nascimento de novas emoções, produzem opiniões, contra pontos e desafios… E isso, isso é “geleia real”, para as nossas vidas…
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então é a Ela que me devo dirigir quando não tiver inspiração... humm...:)
ResponderEliminar*
ResponderEliminarAmigo,
,
Suméria, a Bíblica Sinar,
irmã da Mesopotâmia e da
Fenícia dos meu avoengos,
que em minúsculas barcaças,
dominaram o Mediterrâneo,
mare nostrum, declararam,
e partiram atravessando
Gibraltar, povoando o litoral
desde o grande penedo,
passando o Algarve, Setúbal,
Sesimbra, Lisboa, Ericeira, Peniche,Nazaré, Cós, Paredes, Buarcos,
até ao então Delta de Aveiro !
Sud e Enlil, um amor refinado,
prefiro, se não te importas,
ser um pobre Adónis, ainda
sonhando, que a bela Afrodite
um dia voltará !
,
um abraço, fica,
,
*
poeta,
ResponderEliminarAfrodite, essa inebriante deusa!...
Ela abunda na espuma das ondas do nosso mar...
até já
Olá Taniah,
ResponderEliminarTu, não necessitarás assim tanto dos seus cuidados...
No entanto, ouvi dizer que sim!... Que ela vai aconchegando as mão de quem chora tinta em alvos papeis...
Um beijo
Assim deixas ciumentas as tágides, que não te irão perdoar o desmérito a que as votas. Tens a certeza que Ninlil entende lusitano? E a que musas recorrerei eu, tão distante de umas e outras? Tanto que assim explicas...
ResponderEliminarAbraço!
É melhores recorrer a um muso algarvio!... A Ninlil deve perceber melhor lusitano que um certo Sócrates pouco filósofo, cujas tágides devem ser umas "cabras" da pior espécie!...
ResponderEliminarAbraço...