quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

E esta vida, que sentido tem esta vida?

Hoje, sem compreender exactamente porquê, acordei!

Acordei muito antes do despertador, que normalmente já costuma tocar depois de eu acordar. O dia ainda não tinha “nascido”. Olhei em redor… e reparei, com a pouca luz que existia no quarto, observei a minha companheira de “guerra”, de um modo que me não lembro de alguma vez ter feito, meramente biológico. Realmente, a vida é uma grande maravilha!
Dormia suave e silenciosamente. Um complexo bioquímico, organizado numa verdadeira prova de mestria inimitável de complexidade.
Levantei-me e fui até uma janela que abri…
Um ar fresco e rico em oxigénio, inundou-me os pulmões de assalto de um modo que quase me provocou dor…

O silêncio da manhã e o espectáculo de ver um dia nascer, é-me muito agradável. Mesmo muito. Utilizo-o muitas vezes na sequência de dias menos fáceis. Interrogo-me acerca da sorte tenho em estar a assistir a um espectáculo, que apesar de se repetir diariamente, raramente reparo como é belo, e tão raramente usufruo da energia inigualável que ele me proporciona. Apesar da minha existência, ser completamente indiferente a ele mesmo, o nascer do dia.

Ao sair de casa, vi uma minúscula flor violeta de quatro pétalas. Era capaz de jurar que não existia ali, naquela pequena racha do muro de pedra... Aliás, nem tinha reparado bem que o muro era daquelas pedras, grandes. Aquele muro é um enorme habitat, é um "cosmos" de vida e de seres de importância idêntica à minha.
Aquele muro é a casa de muitos seres…
Como será o “muro” que alberga o habitat dos seres dos quais eu faço parte, visto pelos olhos do "
transeunte" que acorda cedo e repara num mero muro de pedra?

© Mário Rodrigues - 2020

2 comentários:

  1. Não deixe de partilhar pensamentos. Leio-o faz muito tempo.
    nossemoaudi.blogspot.com

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    1. Olá VR!!
      Sabe, por vezes, os pensamentos são fugazes e, deixam-me com a noção, eventualmente errada, de que já não há paciência para ler e perscrutar os pensamentos de outrem... No entanto, devo-lhe um pedido de desculpas.
      Tenho de entender que tenho "obrigações"!
      Obrigado!

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…Escrevo, principalmente, por falta de espaço dentro de mim para tantas emoções e tão grandes, para mim. Nos comentários, fico com a sensação de que os pingos de emoção que transbordo, caiem em "terras fecundas" e coadjuvam o nascimento de novas emoções, produzem opiniões, contra pontos e desafios… E isso, isso é “geleia real”, para as nossas vidas…

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