"Aquele que mantém a calma diante de todas as adversidades da vida mostra simplesmente ter conhecimento de quão imensos e múltiplos são os seus possíveis males, motivo pelo qual ele considera o mal presente uma parte muito pequena daquilo que lhe poderia advir: e, inversamente, quem sabe desse facto e reflecte sobre ele nunca perderá a calma."
Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Ser Feliz"
terça-feira, 7 de abril de 2015
2 comentários:
…Escrevo, principalmente, por falta de espaço dentro de mim para tantas emoções e tão grandes, para mim. Nos comentários, fico com a sensação de que os pingos de emoção que transbordo, caiem em "terras fecundas" e coadjuvam o nascimento de novas emoções, produzem opiniões, contra pontos e desafios… E isso, isso é “geleia real”, para as nossas vidas…
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Por duas vezes, duas, no espaço de um mês, sou confrontado com um maluco a atravessar a passadeira no momento em que o semáforo abre para mim, nem o mesmo maluco, nem a mesma passadeira, na minha cidade. Por duas vezes, duas, fico parado à espera que cada maluco atravesse. Tenho pressa. Penso que podia ser eu um daqueles malucos se ficar um bocadinho, só um bocadinho, mais maluco, talvez já li à frente, no próximo cruzamento que tenha um semáforo, não o mesmo, outro, que aquele já está ocupado. Por duas vezes, duas, o motorista atrás de mim, nem sempre o mesmo, e verifiquei bem que não era o mesmo, que ainda me lembro bem do outro, tanto quanto me lembro bem deste, buzina e dirige-me impropérios, nem sempre os mesmos... Ainda tenho calma, nem sempre a mesma, mas ainda tenho esse nível de maluquice. De cada vez acabo por avançar, depois de cada maluco a salvo, e fico a pensar que afinal o maluco sou eu, talvez nem sempre o mesmo, mas sou eu decerto.
ResponderEliminar(Lá no meu sítio, hoje, porque parei neste semáforo e lembrei-me que...)
Meu bom companheiro, palhaço, louco e amigo,Proust dizia:
ResponderEliminar"Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras... "
Ai, ai!... (suspiro eu)