A vida em sociedade é uma árvore que tende, permanente e incessantemente, ao equilíbrio, procurando ter exactamente o mesmo número, massa e valor em ramos, pedúnculos, flores, aromas e folhas, tanto na parte aérea como na subterrânea. Qualquer alteração num dos lados gera uma resposta no outro.
No entanto, acima do solo, as condições são distintas das que existem abaixo, promovendo, assim, criações, perspectivas e respostas díspares, com fundamentos e resultados diferentes ou até antagónicos. Como complemento a esta miscigenação, há a proliferação de neoplasias fúngicas em ambos os lados do ambiente árvore — defeitos processuais que invadiram espaços que lhes não eram próprios. Numa demência idolatrada, manipulam povos inteiros com objectivos embusteiros, muito diferentes dos que verdadeiramente os movem.
O que lamento é a existência de espectadores deste teatro, que, conscientemente, se alheiam de todos os sofrimentos causados em ambos os lados. São eles que incentivam e promovem a nata dos obstinados e acéfalos psicopatas, marionetas que operam em ambos os lados do sistema, perpetuando o desequilíbrio para que este se torne eterno e continue a gerar poder e lucros — independentemente do lado: luz ou escuridão, ar ou sufoco, alimento ou fome, guerra ou paz...
Muitos deles manifestam-se publicamente pela paz, pela liberdade e pela tolerância...
2 comentários:
Tenho o triste dom de conseguir matar tudo com o olhar. Posso comprová-lo, só preciso que me deixem olhar o tempo suficiente.
Grande abraço, Mário.
Meu bom amigo António. Se tu matas, eu profetizo...
http://recantodossuricates.blogspot.pt/2010/06/empalados-em-arenas.html
Grande abraço
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