Para melhor se entender este post, deve ser lido antes o "Não sei se algum dia estarei satisfeito", bem como os comentários...
"...Gostava de ter a tua coragem."
"...Gostava de ter a tua coragem."
...
Olá meu bom amigo,
Leio o que me dizes com cuidado e atenção. A cada passo vou reflectindo em mim. Não me invejes a coragem! Ela não existe! Pelo contrário, o que existe é pânico! Um medo enorme do que os meus pensamentos e a minha "consciência" me façam a mim mesmo! Medo de me ver obrigado a admitir perante mim próprio, que tenho ou tive uma existência inútil e perfeitamente dispensável! Que para nada servi e que nem viver consegui, limitando-me a sobreviver.
Enquanto te escrevo isto, vai-me assaltando a cabeça o pensamento de que no fundo, nada mais sou que um egoísta pseudo-activo!... Será, quanto muito, uma ferramenta, de cabo partido, para lutar por uma sobrevivência não corpórea. Uma espécie de armistício...
Portanto, meu amigo, isto não é coragem mas antes medo!
Isto não é altruísmo mas antes egoísmo!
Mais corajoso me pareces tu, que sabendo do mesmo que eu, não te submetes aos domínios, enfrentando os medos e dominando os pânicos...
Um abraço
© Mário Rodrigues - 2011
não faço a menor ideia a quem se destina a missiva e nem interessa,
ResponderEliminaro que realmente me fizeste lembrar foi aquela frase que o avô dizia, o pai repetia e eu apreendia "heroísmo não é ausência de medo, é a capacidade de mesmo a "mijar-se todo", considerar a hipótese de se atirar de cabeça ou... procurar alguma saída escondida, mesmo que não exista"
Olá Alya,
ResponderEliminarPalavras sábias essas!...
No entanto não era dessa coragem que se falava. A culpa é minha porque deixo as coisas à mercê dos pensamentos...
Aconselho a leitura do seguinte post e seus comentário:
http://recantodossuricates.blogspot.com/2010/09/realmente-nao-sei-se-algum-dia-me.html
Beijos
:)
ResponderEliminare sabes que mais?
ainda continuo a achar que herois somos todos
:)
e já almoçava, meus senhores :D
O medo faz parte de tudo um pouco. Mas desde que não nos impeça de nada...
ResponderEliminarNão é?
Olá secreta,
ResponderEliminarSim é verdade o que dizes, entanto não era dessa medo que se falava. A culpa é minha porque deixo as coisas à mercê dos pensamentos...
Aconselho a leitura do seguinte post e seus comentário:
http://recantodossuricates.blogspot.com/2010/09/realmente-nao-sei-se-algum-dia-me.html
Beijos
Depreendo que só o resultado poderá avaliar o herói, e costuma ser assim. Quando o resultado é mau, é fruto da inconsciência temerária, quando é bom então valha-nos a grande alma que enfrentou o papão. No entanto acho que te estás a escusar à comparação entre a lebre e a tartaruga, sem olharmos ao desfecho do La Fontaine que é meramente fabulástico. Pergunto-te, perante a derrocada qual é mais herói, a lebre que salta para lugar seguro ou a tartaruga que se encolhe na sua concha à espera que os calhaus não a esmaguem? O que sobreviva será o herói, no entanto partindo do princípio que nenhum de nós é uma coisa nem outra, a adopção de uma ou de outra estratégia parece-me, durante a corrida, delinear o verdadeiro campeão. Que termine como vaticina a Ana, também ela uma heroína, e principalmente que ninguém seja comido pelos papões.
ResponderEliminarGrande abraço, tu és tramado!... :)
Meu querido amigo, confesso que introduzi uma provocação cravada de alguma malícia e reparo no modo audaz e admirável como a devolves.
ResponderEliminarEm todo o texto falei de mim, só de mim e exclusivamente de mim. Para mais te afirmo que o dito medo com que sou impelido, em nada me serve de garante, pelo que suspeito que no derradeiro momento de nada terei a certeza. Ambas as nossas situações descritas, que em si também se cruzam e entrelaçam, são legítimas e reais. Dão-nos bastante que fazer, e levantam-nos muitas dúvidas e poucas ou nenhumas certezas.
O resultado, tal como o descreves, não é importante, como também depreendi das tuas palavras. O percurso no entanto faz toda a diferença e isso, ambos procuramos e lutamos para que seja o que pensamos que seria melhor.
A tartaruga tem uma protecção com que a lebre não conta, enquanto a lebre tem uma agilidade que a tartaruga deixou nos testículos do criador. Cada uma faz uso do seu conhecimento e características para melhor enfrentar a situação com que se depara.
Como a sábia Ana nos disse, aqui ou são todos ou não é ninguém...
E para o caso de te não lembrares, se os papões nos comecem não os estávamos a pôr em causa e a reduzi-los a lixo deste modo como acabamos de fazer. Sabemo-los e enfrentamo-los afrontosamente.
Um abraço para ti.
O prazer que estas cenas me dão!... :))
Vamos almoçar com a Ana?
Pois, daqui levo tanta lição que esta é mais uma, não falei do almoço... VAMOS, CLARO! (Combinar isso é que vai ser um caldo... Vês tu onde perco as corridas?) :)))
ResponderEliminarAbraço, Mário. Tu és grande!
se há coisa que me dá mesmo gozo é "ouvir-vos" dialogar :)
ResponderEliminaroh Cyber desculpe lá mas caldo??? caldo??? não contem comigo que eu não estou a dieta para andar a comer caldos e para caldinhos já bastam aqueles em que me meto :P
um abraço a ambos, grandes senhores