Deixei a luz a um lado e numa beira
da cama em desalinho me sentei,
sombrio, mudo, os olhos imóveis
cravados na parade.
Que tempo estive assim? Não sei; ao deixar-me
a horrível embriaguez da dor
já expirava a luz, e na varanda
ria o sol.
Não sei tão-pouco em tão terríveis horas
em que pensava ou que passou por mim;
recordo só que chorei e blasfemei
e que naquela noite envelheci.
Autor: Gustavo Adolfo Bécquer
quinta-feira, 30 de julho de 2009
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1 comentário:
(Tento fugir a este estado natural. Deixa-me ligar a lanterna... Vou pô-la ali, ao fundo do túnel)
Um abraço!
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