domingo, 31 de maio de 2009

A sociedade em camadas...

Irrita-me profundamente, esta epopeia interminável que une toda a humanidade, ou pelo menos 99,9% dela, e eu muitas vezes deparo-me com dúvidas de que lado estou, em separar todos os outros, nossos irmãos seres humanos, em “camadas qualitativas”. Há-os, de primeira; os nobres; os elegíveis; os que devem dispensar obedientemente o ar que respiram para que outros, obviamente de uma cama superior, possam encher balões; os “miseralizáveis”, combustível essencial à manutenção e progressão dos “benfeitores”… De repente veio-me à cabeça, uma explicação para isto; a “manutenção animal da espécie, luta pela sobrevivência”, encaixa aqui, que nem…uma mer…. Há! Já sei, há outra, aquela das elites que são o impulso do desenvolvimento… O que comem as elites, se algures os escravizados não produzirem para que eles esbanjem? E quem consegue ser “nata” num tanque de leite? Os meus filhos reconhecem-me facilmente, no meio de uma manada de burros! Se bem que tenho consciência de estar a incomodar o nobre jumentada. Só me faltava, aparecer “prá’í”, uns iluminados com aquela estupidez das uniões das diferenças para um todo único em que todos têm o seu lugar(deles) , e como num puzzle, se falta uma peça não há puzzle... Pecas, pecas… Pecas, pecas… Pecas, pecas… Rótulo – “UTOPIA”. Gostava de saber quem foi o “caramelo”, que inventou essa … dessa UTOPIA que aparece, tipo o estúpido do bobo da corte, sempre que fazem perguntas embaraçosas ao monarca, e assim livra-o de mais aquela!! Também ouvi dizer que há por aí uns bobos que… papam as princesas…
©Mário Rodrigues

sábado, 30 de maio de 2009

O inferno

"O inferno dos vivos não é uma coisa que virá a existir; se houver um, é o que já está aqui, o inferno que habitamos todos os dias, que nós formamos ao estarmos juntos. Há dois modos para não o sofrermos. O primeiro torna-se fácil para muita gente: aceitar o inferno e fazer parte dele a ponto de já não o vermos. O segundo é arriscado e exige uma atenção e uma aprendizagem contínuas: tentar e saber reconhecer, no meio do inferno, quem e o que não é inferno, e fazê-lo viver, e dar-lhe lugar."
Autor: Italo Calvino in "As Cidades Invisíveis"

Acasalamento...

Um casamento é uma panela onde se misturam, verdade, humildade, amor, dor, respeito, loucura, responsabilidade, diálogo, serenidade, sexo, concessão, tudo em doses meticulosas. Promessas, é um dos ingredientes que oxida e estraga a sopa.

As mulheres poderiam ser só as donas do mundo...

Mais uma vez, (caso Ana Malhoa na Playboy), de acordo com o que há muito penso. As mulheres poderiam ser só as donas do mundo... As mulheres parem os putos, as mulheres, educam os putos, as mulheres são o alvo exclusivo da atenção dos putos, a rapaziada luta pelas mulheres, as mulheres consciente ou inconscientemente manipulam e controlam os homens: directa ou indirectamente, as mulheres governam: directamente ou através dos homens com que partilham a cama....... Mas as mulheres, foram, são e serão umas "cabras" umas para as outras... Quando se unem é para se exterminarem.
Correndo o risco de abrir uma "pandorice", acho que as mulheres são as verdadeiras inventoras do machismo. Devo, obrigatoriamente, abrir as excepções honrosas às mulheres que lutam pelo contrário, têm a minha sincera admiração e solidariedade. Mas são poucas.
Poderá não ter nada a ver com o assunto, mas apetece-me chamar cobardes, assassinos, estúpidos, miseráveis e outras coisas (de momento sé me estou a lembrar de mimos), aos palhaços que levantam a mão a uma mulher, quanto mais se as agredirem...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sapiens? 2

Passei pelo jardim zoológico e perguntei baixinho, por vergonha, a um babuíno se estava preocupado com o PEC (pagamento especial por conta). O indivíduo, ignorou-me, virou-me as costas e correu avido para junto de uma fêmea com quem copulou freneticamente...Há vidas melhores! São é mais baratas…

Sapiens?

O grande drama do ser humano, foi ter passado a ser humano. Enquanto antropóide tudo era mais simples...

Divertimentos secretos...

Divertimentos secretos...e porquê secretos?! Em nada me envergonham! Dá-me muito prazer o que tenho de tango, de arrojado, de genuinamente vivaz... de socialmente inocentes e afrontador, mas tão exteriorizador das minhas “entranhas...” O hábito de lidar com entranhas vulgarizam-nas para mim...
Lembrei-me de uma provável estupidez; Os cães mordem nos estranhos, os gatos nos donos. Os homens não, mas também, ou antes pelo contrário.

E posso ainda...

E posso ainda rodopiar com uma mulher linda, ambos de negro, numa sala com pouca luz e com os dentes cravados no pé de uma rosa escarlate e...Isso sim...Muito Astor Piazzolla nos "Libertango"



Este é o último dia do...

Pois! Pois! Hoje é o último dia para ir entregar uma pipa de massa que tanto me custa a ganhar, a uns fulanos que têm como passa tempo preferido queimar notinhas no churrasco da administração publica... e outros! Que isto é uma gente muito dada a... Deixa para lá.???????????!!!!!!!!!!!!!!!! Deixa pra'lá uma porra, que o que eles fazem mesmo é não só roubar como destruírem o fruto do roubo e prenderem-nos por termos tão pouco que se roube. Tenho dito.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Dama desceu ao bloco...

Hoje, vou fazer uso pleno do meu egocentrismo. Sinto-me... Não vale a pena.

Tudo corria na aparente normalidade rotineira: bom clima, bom texto, escrita porreira, Marillion ainda com direito a Fish... E então, começa a descompensar. E, e, e... Instala-se o caos, sincronizado e normal para o caso. Pressente-se a presença da... dama negra, flutuando... Os movimentos tornam-se perpétuos e, estranhamente, retardados.

Sem qualquer pudor, arranca-nos das mãos o seu tributo. Nunca hei de estar preparado para a desvida... Hoje, não me apetece chamar-lhe outra coisa.

Depois, a cruel trova do… “Hora do óbito: onze horas e trinta e sete minutos do di…”

Merda. Saí de uma hora de duche… Outra vez.

Estes anos de contacto com sofrimento rebentam com qualquer um.

Talvez já volte…

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O pecado...

Há um tipo de "pecado" que é um cinismo inventado por pseudo-pudicos, que fazem coisas de que eu tenho vergonha de sequer pensar. Já pequei em momentos em que todos acharam que estava a ser um benfeitor. Os pecados estão cá dentro. Sei melhor do que ninguém que não sou "flor que se cheire", mas pior do que pecar é achar que não se é pecador. O desgraçado jamais achará que deve pedir perdão.

©Mário Rodrigues

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Escorre

O amor é como a água nas mãos. Se o coração não estiver em forma conchiforme ele escorre por entre os dedos.

© Mário Rodrigues - 2009

Dias úteis...

Antes de mais, tenho a dizer que, tal como no meu caso, não são raras as vezes em que um ansiolítico faz parte da ceia de domingo.

Adoro trabalhar, desde que esse trabalho seja útil de alguma forma e para alguém. Caso contrário, limito-me a arrastar-me pelo mundo para garantir a sopa, minha e da família.

Gosto de pensar, de inventar, de suar, de ajudar, etc. Eu… não gosto de cavar; gosto, sim, de ver as flores crescerem. Não gosto de "alombar", mas aprecio da "narta" que proporciona momentos com os amigos e a família, a dissertar sobre uma… qualquer.

Mas fiquei a pensar no termo "dias úteis".

Será que os dias que mais prazer me dão são inúteis?


© Mário Rodrigues - 2009

domingo, 24 de maio de 2009

Omeletas sem ovos...

Querer fazer omeletas sem ovos já é sinal de alguma loucura, mas matar as galinhas é coisa de gente totalmente doida.

Ah! Ok, foram eleitos… então está bem…


© Mário Rodrigues - 2009

quarta-feira, 13 de maio de 2009

- Quem? Chulo, parasita! O que é que pagar, tem a ver com receber?

Hoje, o dia tem sido angustiantemente melancólico.

Sinto-me defraudado e enxovalhado pelos governantes do país onde nasci, cresci, amo e luto para que seja um pouco melhor.

Entre ouvir Red House Painters e… Não é hoje que vou prescindir do meu bálsamo da alma. Ai, Rodrigo Leão…, se soubesses…

Quero, neste momento, afirmar aqui, como quem deseja dizer algo para todos ouvirem, até mesmo aqueles que põem algodão, tampões e tudo o mais nos ouvidos, para que não lhes cheguem os brados dos que gritam:

Os portugueses não têm os governantes que merecem!

Os portugueses, ainda que tenham, em grande parte, o espírito de ovelha que segue na fila sem grande protesto, são, na sua maioria, gente de boa-fé. Analfabetos, iletrados, letrados e tudo o mais, merecemos, acima de tudo, ser tratados com respeito por aqueles que sustentamos, não apenas no corpo, mas também na alma, no ego, nos vícios, nos desperdícios e até nos chicotes que nos chicoteiam.

A cultura de vir permanentemente tirar "trigo" do celeiro para o qual não só não contribuem, mas que também incendeiam, enquanto espancam e matam os escravos que se arrastam na seara para mantê-lo com alguma coisa...

Esta política de cobrança de impostos, compulsivamente, terá e tem a sua justificação. Mas quem a impõe não tem a menor legitimidade moral para o fazer. Quem leva dois e três anos a pagar, quando paga, não tem absolutamente nenhuma legitimidade para cobrar, coimar, julgar e punir aqueles que, mesmo deixando de comer e permitindo que os filhos lhes morram nos braços de fome, ainda assim conseguem pagar os impostos resultantes das facturas que emitiram para um "Estado" que nunca as pagou.

Isto, realmente, é muito grave. Mas há algo ainda mais grave.

Depois de nos comprometermos a cumprir planos para pagar o que não devíamos pagar — impostos pelo… falta-me a palavra, apesar de o meu vocabulário não ser exatamente curto ou limitado… — e, efetivamente, cumprindo-os, recebemos, em tom de "vamos dar cabo desses… todos", a notícia, enviada por correio registado e mais não sei o quê, de que… pois; era, mas agora já não é.

Despe a roupa e vai-te prostituir, que agora quero tudo de uma vez e rápido.

"Ah, e tal, não recebi!"
"Quem? Chulo, parasita! O que é que pagar tem a ver com receber?"


© Mário Rodrigues - 2009

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