quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Não, não é nenhuma novidade...

Não, não é nenhuma novidade, infelizmente. Há já muito tempo que clamo e grito até a minha voz se sumir. A promiscuidade entre o poder político, o poder judicial e a banca é vergonhosa, escabrosa, corrupta, injustíssima e atenta aos mais básicos dos direitos humanos do povo. O “putedo” em redor das trocas de poleiros, proporciona a possibilidade do, “hoje eu abro-te esta porta, que está fechada para todos mas como eu tenho as chaves… se amanhã tu me garantires…” É gritante o modo como a banca deste país, verdadeiros agiotas, seres repugnantes, “merdosos” que sem escrúpulos nenhuns, afrontam quem roubam, com lucros vergonhosos, tendo em conta de não passam de carcaças que tiraram das bocas dos nossos filhos, das casas que pagamos 3 vezes, do nosso nome e honestidade que será sempre muito maior que a deles, e que eles protegidos pelos amigos governantes e com a conivência dos compadres judiciais, enxovalham nas lamas publicas de listas que são acima de tudo o retrato da sua própria incompetência e ávida ganância. Se assim não fosse, em vez de se aproveitarem das fragilidades, sem quaisquer escrúpulos, ajudariam a tomar decisões mais acertadas e responsavelmente, dizerem “não”, sempre que fosse sinónimo de responsabilidade. Mas tudo isto se passa sem problemas, porque quem hoje rouba na administração de um banco, amanhã é ministro de qualquer coisa e depois administrador de uma qualquer EP, para colher umas reformas milionárias, roubadas aos contribuintes, com a garantia que logo depois serão acumuladas com a administração de outro banco ou coisa do género. O país não tem a culpa de rigorosamente nada e recuse-me a emigrar. Mas sinto-me permanentemente roubado, espancado, violado… Por um “chico-espertismo” de alta-roda, que somos obrigados, escravizados, a alimentar. Continuarei a gritar, apesar de poder ser chamado de masoquista…


© Mário Rodrigues - 2011

Coiso...

Sem conotações partidárias, sindicais ou quaisquer outras, sem fantoches que se juntam a uma luta pela frente e se lambuzam vergonhosamente nos bastidores, quero, desejo e sem qualquer receio me junto a um brado em uníssono para transmitir que os portugueses em geral e nós os mais jovens não somos parvos. Não somos rascas. Não somos inúteis. Não somos despreocupados nem distraídos. Somos inteligentes, vemos muito bem e há já muito tempo, que somos explorados, roubados e desrespeitados pelos governantes e toda a teia promiscua de interesses especulativos e financeiros que os rodeia, num bolo de vergonhosas dimensões. Está na hora de deixarem de nos afrontar a fome com exibições de lucros milionários às nossas custas. Está na hora de serem honestos e dignos da confiança que lhes foi confiada. Está na hora de deixarem de nos usar a todos como insectos desprezíveis que podem ser esmagados com a ponta de um indicador. Está na hora de dizermos todos que sabemos muito bem o que eles fazem e como fazem, o que usurpam e de que modo, mas que estamos fartos. Que estão a matar a última coisa que deveria morrer no coração de uma mulher e de um homem que é a esperança. 
A revolta de um povo prende-se pelo ele possa ter a perder... Os portugueses em geral e os jovens deste país começam a ter muito pouco a perder.

© Mário Rodrigues - 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Eu gostava...

Gostava!

Gostava de ser melhor do que sou a fazer o bem, bem
Gostava de poder e conseguir ajudar mais, quem precisa mais
Gostava de saber dizer palavras que acalmassem os inquietos
Gostava de conseguir confortar os desesperados
Gostava de dizer as palavras que contam para os solitarios
Gostava de não dizer a um filho que o pai morreu
Gostava de nunca ser necessário dizer a um pai que o filho nasceu
Gostava que jamais um filho morresse
Gostava de saber o que fazer amanhã
Gostava de saber que o meu filho soubesse que o filho dele tinha futuro
Gostava de ser respeitado
Gostava de não ser roubado
Gostava de não ser ignorado
Gostava de não ser um mero número
Gostava de não ser dispensável
Gostava de não ser um fantoche
Gostava de achar que os outros eram bons
Gostava de acreditar que todos faziam com cuidado
Gostava que o trabalho de todos não fosse delapidado
Gostava de ser possivel gostar de acreditar nisto

E como um amigo meu me disse, "Gostava de conseguir ter esperança..."


© Mário Rodrigues - 2011

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