segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dois terços do ano, trabalhamos para corrigir as… incorrecções - Possivelmente não é só em Portugal

Possivelmente não é só em Portugal, mas cá sofremos nós; e será que também não sofremos com os de lá? Só faltava que os de lá, sofressem com os de cá! Bem, vou seguir; tenho a sensação que 2 terços do ano, trabalhamos para corrigir as… incorrecções, das nossas actividades, e não falo só dos nossos trabalhos. Cada vez mais, tenho medo, que “eficácia”, seja uma coisa utópica. Diariamente e no regresso do meu trabalho, passo por um balcão da CGD, já fora do horário de atendimento ao balcão, que fica no percurso que faço, para fazer depósito dos recebimentos da empresa onde trabalho. Até aqui tudo bem. Aproximadamente um terço das vezes que pretendo desempenhar esta tarefa, a respectiva ATM, que anuncia, tal como a própria instituição, “Depósitos de cheques e numerário”, NÃO os recebe; ou só uns! Ou só outros! Ou mesmo nenhuns. Pois então vamos à CGD mais próxima.
Mas não era suposto, aquela coisa estar a funcionar, pelo menos 99,9% das vezes?
Entretanto, eu já fui ao dito local, estacionei o carro, fui a agência, não fiz nada, para além dos nervos e dos impropérios mentais, volto ao carro, saio do meu percurso, por “sorte”, 2 km, para ir a outra agência que apesar de ter 5 ATM’s, a probabilidade de não estarem a funcionarem total ou parcialmente é extremamente alta para quem se propõe prestar um serviço, que não presta.
Todos nós compreendemos que haja avarias, mas das 243 vezes que me desloquei com tal tarefa em mente, durante o ano de 2008, 87 vezes não fiz nada, para além de desperdiçar tempo, combustível, recursos, polui mais, cheguei mais tarde, privei a minha família da minha presença, trabalhei mais, produzi menos, etc… mesmo que este processo demorasse 5 minutos, teriam sido, 7 horas e meia, mas, demora cerca de 20, e leva-me para o centro de uma cidade, que viveria melhor com menos o meu carro lá dentro. Em, 145 horas anuais do meu trabalho, ou seja, 18 dias de trabalho de 8 horas diárias, a minha entidade patronal desperdiçam 655.00€, tendo como base o meu ordenado, com as “indisponibilidades momentâneas” das ATM’s da CGD.
Tirem as conclusões que desejarem, isto já mais será eficácia, e este é o mais pequeno exemplo das nossas improdutividades.
Para quando? (como diria a Mª Inácia dos C&L, Eduardo Madeira), o pessoal fazer coisas e ficarem feitas! Não termos de voltar e dar a volta, para fazer o que era suposto ficar feito à primeira!
Não temos, nem vida, nem dinheiro, nem Planeta, nem tempo, nem economia, nem emprego, para estes muitos monstros destruidores de recursos.

© Mário Rodrigues - 2009

Abril ainda está por fazer…

Abril…. Vagueando pelo meio dos meus documentários…..,dei com os olhos no “Capitães de Abril”, sei bem que não é um documentário, mas na minha prateleira está nesse lugar, dos documentários. Tinha 4 anos no dia 25 de Abril de 1974. Não resisti a dar uma olhadela; aí a 225ª vez e mais uma vez e como da 1ª vez que o vi, chorei novamente… e principalmente chorei por continuar a sentir vontade de chorar quando o vejo. Abril, ainda está por fazer. Abril foi e é todos os dias enxovalhado e vergonhosamente tomado por bocas e mãos que nunca o entenderam mas sempre o usaram. Abril ainda está por fazer… Abril ainda está por fazer… Abril ainda está por fazer…

© Mário Rodrigues - 2009


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